quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Movimento de Gênero

Movimentos de Gênero defendem ideais de um certo gênero, seja movimentos feministas, homossexuais, etc. Esses movimentos buscam principalmente a igualdade dos gêneros (como no caso do movimento feminista) e o compate a descriminação (como o LGBT).

Movimento LGBT

Pode-se perceber que há no sujeito político desse movimento uma diversidade de questões envolvidas, predominantemente relacionadas a gênero e a sexualidade. O movimento brasileiro nasce no final dos anos 1970, predominantemente formado por homens homossexuais. Mas logo nos primeiros anos de atividade, as lésbicas começam a se afirmar como sujeito político relativamente autônomo; e nos anos 1990, travestis e depois transexuais passam a participar de modo mais orgânico. No início dos anos 2000, são os e as bissexuais que começam a se fazer visíveis e a cobrar o reconhecimento do movimento.

Não podemos pensar a trajetória do movimento LGBT sem pensar em coisas que aconteceram no passado e influenciaram sua constituição, nem deixar de fazer referência a fatos que ocorreram fora do Brasil.

O movimento brasileiro nasce no final dos anos 1970, predominantemente formado por homens homossexuais.
Posteriormente, essa classificação se popularizou, chegando ao senso comum. Não podemos dizer, porém, que as classificações médicas e legais foram simplesmente transpostas para a população em geral, que as adotou prontamente. Todo o processo relativo à categorização de um "comportamento homossexual", desde então, foi permeado por conflitos com categorias locais e por apropriações e traduções dessas classificações. De qualquer maneira, não podemos subestimar a importância dos discursos médico e legal para a constituição da "condição de homossexual". Segundo o historiador inglês Jeffrey Weeks2, os impedimentos legais tornaram-se fator importante para que surgisse o termo "homossexual" como algo que denotasse um comportamento e até mesmo um modo de pensar e sentir diferentes da maioria. Tudo indica que a discussão pública da homossexualidade impulsionada pela questão legal, ajudava a criar uma nova identidade entre as pessoas que orientavam suas práticas e desejos sexuais para as do mesmo sexo.

O movimento LGBT no Brasil
No Brasil, a passagem dos anos 1960 para a década seguinte é marcada pelo endurecimento da ditadura militar. Um movimento estudantil questionador começa a ganhar visibilidade, mas seria duramente reprimido pelo regime durante aproximadamente duas décadas. Enquanto isso, grupos clandestinos de esquerda combatiam a ditadura. Em meados dos anos 1970, ganha visibilidade o movimento feminista e, na segunda metade da década, surgem as primeiras organizações do movimento negro contemporâneo, como o Movimento Negro Unificado, e do movimento homossexual, como o Somos - Grupo de Afirmação Homossexual, de São Paulo.

Movimentos Raciais

Os movimentos raciais mais comuns são os de anti-racismo, que no Brasil é representado pelo Movimento Negro (MN).

Movimento Negro

O movimento negro no Brasil foi influenciado por outros países, como a Africa do Sul e os Estados Unidos. Esse movimento tem como objetivo acabar com o preconceito que os negros sofrem no Brasil, esse movimento tinha ideais fortes de esquerda.

MNU (Movimento Negro Unificado)

O Serviço Nacional de Informações (SNI), criado em 13 de junho de 1964 com a finalidade de coordenar as atividades de informação e contra-informação em todo o país, produziu inúmeros relatórios sobre assuntos julgados pertinentes à Segurança Nacional durante o regime militar. Num deles, de 14 de julho de 1978, podemos encontrar um relato sobre a manifestação, nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, daquilo que se tornaria mais adiante o Movimento Negro Unificado (MNU), uma das entidades do movimento negro surgidas no Brasil na década de 1970.

Realizou-se em São Paulo, no dia 7 julho de 1978, na área fronteiriça ao Teatro Municipal, junto ao Viaduto do Chá, uma concentração organizada pelo autodenominado “Movimento Unificado Contra a Discriminação Racial”, integrado por vários grupos, cujos objetivos principais anunciados são: denunciar, permanentemente, todo tipo de racismo e organizar a comunidade negra. Embora não seja, ainda, um “movimento de massa”, os dados disponíveis caracterizam a existência de uma campanha para estimular antagonismos raciais no País e que, paralelamente, revela tendências ideológicas de esquerda. Convém assinalar que a presença no Brasil de Abdias do Nascimento, professor em Nova Iorque, conhecido racista negro, ligado aos movimentos de libertação na África, contribuiu, por certo, para a instalação do já citado “Movimento Unificado”.

Movimento Urbano

Movimentos Urbanos são feitos por grupos de pessoas que compartilham de um ideal político, e que não estão satisfeitos com a política atual. O grupo se junta e faz manifestações para mostrar a sua indignação diante da situação atual e propões melhorias. Um exemplo de Movimento urbano é o Movimento Passe Livre (MPL).

Movimento Passe Livre

A revolta popular que originou o Movimento Passe Livre aconteceu em Salvador, capital da Bahia. Em 2003, milhares de jovens, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento da tarifa. Durante 10 dias, a cidade ficou paralisada. O evento foi tão significativo que se tornou um documentário, chamado “A Revolta do Buzu”, deCarlos Pronzato. As mobilizações tiveram força quando entidades estudantis tradicionais (como a UNE e a UJS) se colocaram como lideranças da revolta e foram negociar com a Prefeitura. Esses grupos apresentaram 10 pautas, das quais 9 foram alcançadas, entre elas a meia-passagem para estudantes de pós-graduação e o direito do uso da meia passagem estudantil nos finais de semana, feriados e férias.
Em 2001 iniciou-se uma movimentação juvenil dos Diretórios Acadêmicos das Universidades Públicas e grêmios de Escolas Públicas da capital catarinense. Em 2004, um grupo emFlorianópolis, inspirado pela experiência de Salvador, já se articulava numa proposta diferente das organizações estudantis tradicionais. Ao longo de uma semana de intensas mobilizações, a cidade parou na famosa "Revolta da Catraca" ou "Amanhã vai ser maior". A reivindicação era, mais uma vez, a redução das tarifas de ônibus, e havia a participação de outros grupos, como associações de moradores, professores, punks e a população em geral. Os protestos foram bem-sucedidos, e naquele ano o aumento foi revogado. Em 2005, um novo aumento foi anunciado, porém, após um mês de manifestações, a prefeitura anunciou seu cancelamento.
Durante os anos seguintes, manifestações contra aumentos de tarifa e contra o atual sitema de transporte ocorreram em diversas regiões brasileiras, como São Paulo, Itu, Belo Horizonte, Curitiba, Cuiabá, Porto alegre, Rio de Janeiro, Brasília, Joinville, Blumenau, Fortaleza, Recife, Aracaju, Rio Branco, entre outras. Em 2006, a tarifa de ônibus diminuiu após mobilizações populares em Vitória.
No início de 2011, aumentos nos preços das passagens do transporte coletivo provocaram imensas manifestações em todo o Brasil, principalmente em São Paulo, onde a luta contra o aumento reuniu semanalmente, durante 3 meses, cerca de 2 mil estudantes nas ruas do Centro. O período também foi marcado por conquistas na região Norte: em Belém, a população organizada conseguiu reverter um aumento, e, em Porto Velho, o aumento foi suspenso durante duas semanas.
Em 2012, a prefeita Micarla de Sousa, Natal(RN) elevou a passagem, então de R$ 2,20, para R$ 2,40, milhares de jovens se lançaram às ruas e conseguiram, depois de muitas passeatas, interrupções da BR 101 e ocupações de grandes avenidas da cidade, reverter o aumento. O sindicato das empresas de ônibus, o SETURN, para castigar o movimento, então, retirou o benefício da integração, mecanismo pelo qual o passageiro utiliza o mesmo bilhete para mais de uma passagem dentro de certo intervalo de tempo. Foi como jogar gasolina no fogo. Os jovens voltaram às ruas, dessa vez em maior número, mais indignados, e novamente saíram vitoriosos, com a volta da integração. Nem mesmo a forte repressão policial deteve a força da juventude da cidade. O período eleitoral e o imenso desgaste da prefeita ajudaram.
A Revolta do Busão se nutria em parte da força de outro movimento, o Fora Micarla, que também reuniu milhares no início de 2012, lançou-se nas ruas e realizou uma duradoura ocupação daCâmara Municipal, exigindo a renúncia da prefeita, acusada de corrupção e de destruir a cidade. O Fora Micarla se espelhava, e em grande medida se assemelhava a outras manifestações que ocorriam no mundo naquele momento, como o movimento dos “Indignados”, na Espanha, e o “Occupy Wall Street”, em Nova Iorque.
Em 2013 o movimento começou em março, em Porto Alegre e se espalhou para outras cidades como São Paulo, Belém, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. Os protestos receberam destaque nas principais agências de comunicação internacionais, que ressaltaram a "truculência" da polícia brasileira e o "clima de insegurança" presente na véspera de grandes eventos esportivos a serem sediados no país.99 113 Dentre os grupos midiáticos que cobriram os protestos incluem-se o jornal espanhol El País, o francês Le Monde e a rede de notícias norte-americana CNN.117 118 Para a rede britânica BBC, as manifestações trariam complicações para a realização da Copa das Confederações, especialmente no caso de protestos análogos que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro. O jornal americano The New York Times concordou e destacou os confrontos entre os manifestantes e a polícia. O periódico também comparou o movimento com a Revolta do Vintém de 1879 no Rio de Janeiro, uma série de protestos populares contra o aumento das passagens dos bondes. A revista alemã Der Spiegel anunciou que houve "batalhas de rua por causa de sete centavos" (R$0,20 convertidos em Euro). Após os acontecimentos do dia 13 de junho, protestos em solidariedade aos participantes das manifestações de São Paulo foram marcados em Portugal, França, Alemanha, Irlanda, Canadá, dentre outros países, perfazendo um total de 27 cidades no mundo. Manifestantes da Turquia também expressaram em mensagens apoio aos protestos no Brasil. Pela repercussão do movimento, e em busca de soluções, em 24 de Junho a presidente Dilma Rousseff recebeu no Palácio do Planalto quatro representantes do MPL: Matheus Nordon Preis, Mayara Longo Vivian, Rafael Bueno Macedo Siqueira e Marcelo Caio Nussenzweig Hotimsky.

Movimento do Campo

MST: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, ou MST, surgiu em 1984 quando ocorreu o primeiro encontro do movimento em Cascavel, no Paraná, como uma tentativa de discutir e mobilizar a população em torno da concretização da Reforma Agrária que desde então se confunde com a história do movimento no Brasil.
A questão da Reforma Agrária surge devido ao grande número de latifúndios que eram característica do Brasil Colônia e que com o início da República começam a ser questionados deflagrando uma séria de movimentos ao longo da história do país.
Outros países da América Latina  como Guatemala, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e República Dominicana passaram pela mesma questão, mas, sem que em nenhum deles o processo de Reforma Agrária tenha sido concluído.
No Brasil a situação não é mais animadora uma vez que, até 2005, menos de 10% das famílias, das cerca de 7 milhões que não tem acesso a terra, foram assentadas. Destas 7 milhões, cerca de 200 mil famílias ligadas ao MST e outras 80 mil ligadas à outros movimentos encontram-se acampadas à espera da desapropriação de terras improdutivas.
Bastante conhecido pela tática de organizar barricadas em estradas e invasões de propriedades como maneira de chamar a atenção da mídia para sua causa, o MST surgiu em um momento em que o Brasil passava pela reabertura da política nacional, após o período da Ditadura Militar.
Antes desse período outros movimentos haviam tentado a distribuição igualitária das terras, mas, a Ditadura fez com que se dissolvessem e com que a causa só tomasse força novamente com o final da mesma na década de 80.
Entre os objetivos do MST encontra-se o de desapropiar os latifúndios em posse das multinacionais e de todos aqueles que estiverem improdutivos, assim como a definição de uma área máxima para propriedade rural. O MST é contra projetos de colonização (como os realizados na Amazônia e que resultaram em fracasso) e defende a autonomia das tribos indígenas, sendo contra a revisão de suas terras.
Por fim, o MST luta para que os assassinos de trabalhadores rurais sejam punidos e defende a cobrança do Imposto Territorial Rural (ITR) o qual seria revertido para a continuação da Reforma Agrária.
Em 2005 o movimento contava com cerca de 124 mil famílias no Brasil divididas entre 22 estados.

Movimento Sindical

Sindicalismo é o movimento social de associação de trabalhadores assalariados para a proteção dos seus interesses. Ao mesmo tempo, é também uma doutrina política segundo a qual os trabalhadores agrupados em sindicatos devem ter um papel ativo na condução da sociedade. Sindicalismo é o movimento social de associação de trabalhadores assalariados para a proteção dos seus interesses. Ao mesmo tempo, é também uma doutrina política segundo a qual os trabalha
dores agrupados em sindicatos devem ter um papel ativo na condução da sociedade.

História do movimento operário e sindical no Brasil

As primeiras organizações sindicais, na sua maioria, foram por imigrantes europeus.
No início do século 20, jornadas de 14 ou 16 horas diárias eram rotineiros. Assim como a opressão da força de trabalho de mulheres e crianças. De acordo com o texto História do sindicalismo no Brasil, do portal Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal Santa Catarina, além da jornada diária e exploração de trabalho, os salários pagos eram baixos, havendo reduções salariais como forma de punição e castigo. Todos eram explorados sem qualquer direito ou proteção legal.
Em abril de 1906, realizou-se no Rio de Janeiro, o 1º Congresso Operário Brasileiro, com a presença de vários sindicatos, federações, ligas e uniões operárias, principalmente do Rio e São Paulo. Nascia a Confederação Operária Brasileira (COB), a primeira entidade operária nacional. 
Nessa época foram criadas várias associações de classe, tais como, a União dos Operários Estivadores em 1903; a Sociedade União dos Foguistas, também em 1903; a União dos Operários em Fábrica de Tecidos em 1917.
O Estado sob o comando de Vargas tentou controlar o movimento sindical e operário, levando-o para ser incluído no aparelho de Estado. A primeira medida de Vargas foi a criação do Ministério do Trabalho, em 1930, com o objetivo de organizar uma política sindical tendo como meta conter a classe operária nos limites do Estado. Além disso, conforme o texto Antunes, esse Ministério também queria formular uma política de conciliação entre o capital e o trabalho. “Os sindicatos ou associações de classe serão os pára-choques destas tendências antagônicas. Os salários mínimos, os regimes e as horas de trabalho serão assuntos de sua prerrogativa imediata, sob as vistas cautelosas do Estado” ,disse o primeiro Ministro do Trabalho, durante a apresentação da Lei de Sindicalização, de 1931.
Só em 1945 nasce o Movimento Unificado dos Trabalhadores (MUT), entidade que rompia a estrutura atual e tinha como meta a liberdade sindical, acabar com as restrições e interferências nos sindicatos da classe trabalhadora. Esse manifesto teve assinatura de mais de 300 líderes sindicais
De 1946 até o final da década de 1950 os avanços da organização trabalhadora foram imensos. Em 1960, com o governo de João Goulart, conhecido como Jango, as lutas operárias atingiram o seu ápice quando, “após imensas manifestações grevistas, realizou-se o III Congresso Sindical Nacional, onde os trabalhadores brasileiros aglutinaram suas forças sob uma única organização nacional de coordenação da luta sindical: o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT)”
Podemos entender que durante o período 1945 a 1964 o movimento trabalhista teve seu auge. Quando o caminho estava em passos largos, acontece o golpe militar, cujo objetivo era frear os avanços da classe operária.

Na Ditadura

O golpe militar de 1964 constituiu uma intensa e profunda repressão ideológica que a classe trabalhadora enfrentou na história do país. Segundo o texto do portal Conexão Sindical, as ocupações militares e as intervenções atingiram cerca de duas mil entidades sindicais em todo o Brasil. As direções das entidades foram cassadas, presas e exiladas. O controle do movimento foi desenvolvido junto com uma nova política de pouco salário, da lei antigreve nº 4.330 e do fim do regime de firmeza no emprego. “A ditadura passou a se utilizar de práticas de tortura, assassinatos e censura, acabando com a liberdade de expressão, organização e manifestação política” (2008).

CUT – Central Única dos Trabalhadores

Uma das maiores organizações sindicais do mundo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Naquele momento, mais de cinco mil homens e mulheres, vindos todas as regiões do país, lotavam o galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz e imprimiam um capítulo importante da história.

O que são movimentos sociais

O que é: Movimento Social é uma ação coletiva de um grupo de pessoas organizado que compartilham de um ideal, e tem como objetivo alcançar mudanças sociais embate político, dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específico. Fazem parte dos movimentos sociais, os movimentos sindicais, movimentos do campo, movimentos urbanos, movimentos raciais, movimentos de gênero, movimentos populares e ONGs.

Características: 
Os movimentos sociais se caracterizam, na maioria das vezes, por atuarem de forma explícita e evidente no ambiente político. Suas atividades se desenvolvem seja pacificamente (por meio de passeatas, atos públicos, simbólicos e cívicos, lobby junto a representantes eleitos, promoção de ações judiciais), seja mediante manifestações violentas, arbitrárias e/ou polêmicas (ocupações de bens públicos, ocupações de propriedades, encampamento de órgãos, agências ou concessionárias de serviços públicos, conflitos armados etc.). Dentro do espectro mencionado, há movimentos sociais que atuam dentro da mais estreita legalidade e outros cujos dirigentes estão presos ou sofrem indiciamentos ou processos criminais.

Informação atual


Atualmente houve várias manifestações no Brasil, pelo motivo do aumento da tarifa de ônibus em São Paulo e Rio de Janeiro. Pegando carona no MPL (Movimento Passe Livre), vários manifestantes mostraram sua indignação diante do que está acontecendo no Brasil e obtiveram várias conquistas, como a que derrubaram a PEC-37 que limitava os poderes de investigação do Ministério Pùblico.